segunda-feira, 29 de novembro de 2010

NOVO MUNDO, de Emanuele Crialese, na SESSÃO CINÉFILA

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Mostra O NOVO CINEMA ITALIANO na SESSÃO CINÉFILA

 

Desde o dia 20 de novembro, a Sessão Cinéfila apresenta três documentários e cinco ficções na mostra O NOVO CINEMA ITALIANO. Neste sábado, 04, será exibido NOVO MUNDO, de Emanuele Crialese, que conta a história da família Mancuso, que vende todos seus bens e abandona sua terra natal, para embarcar numa viagem em busca de uma terra sonhada e nunca vista, que promete a conquista de riqueza e uma nova vida, o Novo Mundo, os EUA.

 

A Sessão Cinéfila acontece sempre aos sábados, às 12 horas, na sala 3 do Espaço Unibanco de Cinema, trazendo para os amantes da sétima arte filmes pouco encontrados no circuito comercial ou produções que foram importantes para a história do cinema. O Espaço Unibanco de Cinema fica na Rua Augusta, 1475. Os ingressos tem preço promocional e custam R$ 5,00.

 

 

***PROGRAMAÇÃO***

 

Dia 04 de dezembro de 2010

Novo Mundo (Nuovomondo)

Itália/Alemanha/França, 2006, 12 anos

Direção: Emanuele Crialese

Elenco: Charlotte Gainsbourg, Vincenzo Amato entre outros

Sinopse - Martin Scorsese Apresenta: Novo Mundo, um filme que conta a história da família Mancuso, originaria das montanhas da Sicilia, e que vende todos seus bens e abandona sua terra natal para embarcar numa viagem em busca de uma terra sonhada e nunca vista, que promete a conquista de riqueza e uma nova vida, o Novo Mundo, os EUA. Durante a viagem uma jovem inglesa, de origem misteriosa, Lucy, junta-se à familia Mancuso nesta longa jornada. Chegando lá as leis de imigração se tornam tão restritas que a família seria quase que certamente separada e enviada de volta para a Itália, e assim nem todos terão o privilégio de atravessar as portas do paraíso. Foi o vencedor do Leão de Prata do Festival de Veneza 2006. Ganhou o premio de Melhor Direção no European Film Awards. Fez parte da Seleção Oficial do Festival de Toronto. Luc Besson é o produtor associado do filme.

 

 

Dia 11 de dezembro de 2010

A Desconhecida (La Sconosciuta)

Itália/França, 2006, 118 min, 18 anos

Direção: Giuseppe Tornatore

Elenco: Kseniya Rappoport, Michele Plácido e Claudia Gerini

Sinopse: A "desconhecida" é Irena. Ela mudou-se da Ucrânia para a Itália há muitos anos e hoje vive entre fantasmas do passado e uma busca pelo presente: duas esferas de tempo que se entrelaçam, se sobrepõem, e criam um quebra-cabeça intrigante, uma narrativa tensa. Quem é Irena, realmente? Pouco a pouco a história se desenvolve. A garota fugiu do leste europeu como várias outras. Depois de sobreviver a uma viagem cruel e dramática, ela virou uma presa fácil de um homem inescrupuloso. Foi submetida e brutalidades e humilhações impronunciáveis, do tipo que chocam permanentemente e jamais saem da memória. Apenas uma memória bela permanece em Irena: um melancólico amor perdido.

 

 

Dia 18 de dezembro de 2010

GOMORRA (Gomorra)

Itália, 2008, Drama, 137 min, 18 anos

Direção:  Matteo Garrone.

Elenco: Toni Servillo, Gianfelice Imparato, Maria Nazionale, Salvatore Cantalupo, Gigio Morra e Salvatore Abruzzese.

Sinopse: Poder, dinheiro e sangue: esses são os "valores" que os residentes das províncias de Nápoles e Caserta têm de enfrentar todos os dias. Eles raramente têm alguma chance e praticamente são obrigados a obedecer as regras do sistema-chamado Camorra. Apenas alguns poucos podem pensar em ter uma vida normal. Neste cenário são desenvolvidas cinco histórias de pessoas que vivem num mundo aparentemente imaginário, mas afogado na realidade.

 

 

Dia 25 de dezembro de 2010

Estamos Bem Mesmo Sem Você (Anche Libero Va Bene )

Itália, 2006,108 min, drama, cor, 12 anos

Direção:  Kim Rossi Stuart

Elenco:  Alessandro Morace, Kim Rossi Stuart, Marta Nobili, Pietro De Silva, Roberta Paladini, Sebastiano Tiraboschi, Francesco Benedetto, Roberta Lena

Sinopse: Tommi, um menino de onze anos, mora com a irmã e o pai. O trio forma uma família abalada pelo constante abandono e retorno da mãe das crianças. Apesar da solidão inconsolável de cada membro, a família segue em frente, dividindo o que lhes resta de amor e ternura.

 

 

Dia 1º de janeiro de 2010

Ágata e A Tempestade (Ágata e La Tempesta)

Itália/Suíça/Reino Unido,2004, romance, 118 min.

Direção: Silvio Soldini

Elenco: Licia Maglietta, Emilio Solfrizzi, Giuseppe Battiston, Claudio Santamaria, Giselda Volodi, Marina Massironi, Monica Nappo, Pippo Santonastaso, Remo Remotti.

Sinopse: O cruzamento das histórias de Ágata, dona de uma livraria, madura, independente e apaixonada; Gustavo, irmão adotivo de Ágata insatisfeito com sua vida medíocre; e Romeo, irmão verdadeiro de Gustavo, que tem uma mulher a quem ama tanto quanto trai, resulta em muita comédia, ternura e suspense. E é a alegria e o magnetismo explosivo de Ágata diante de toda a ironia da vida que cria um paraíso de amor e liberdade para destruir a tempestade de vidas cheias de desejos não realizados.

 

 

Dia 08 de janeiro de 2010

Viva Zapatero!

Itália, 2005, 80 min, documentário,

Direção: Sabina Guzzanti

Elenco: Rory Bremner, Sabina Guzzanti, Daniele Luttazzi, Michele Santoro, Enzo Biagi, Fabrizio Morri, Valerio Terenzio, Andrea Salerno, Lucia Annunziata, Beppe Giulietti, Claudio Petruccioli

Sinopse: Critica a censura imposta por Silvio Berlusconi aos meios de comunicação públicos na Itália. Responsabiliza tanto o governo de Berlusconi como os partidos de direita e esquerda que permitem sua atuação. Relatam-se casos de cancelamento de programas e de jornalistas obrigados a se demitirem. São exibidos também trechos de programas censurados e entrevistas com funcionários do governo, vítimas da censura, além de professores universitários e jornalistas de diversos países. Seleção Oficial do Festival de Veneza 2005

 

Roda Viva - segunda-feira, 29 de novembro de 2010 às 22h00

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Luiz Eduardo Soares
Sociólogo

O Roda Viva dessa segunda-feira recebe um homem acostumado com a violência. O sociólogo Luiz Eduardo Soares foi secretário de segurança pública nacional e do Rio de Janeiro. Além disso, ele é co-autor do livro Elite da Tropa que inspirou o filme Tropa de elite.
Na pauta do programa, os ataques do crime organizado no estado do Rio de Janeiro.

Participam como convidados entrevistadores:
Augusto Nunes, jornalista; Paulo Moreira Leite, jornalista; Nancy Cardia, doutora em psicologia social, coordenadora do núcleo de estudos da violência da USP e Luciado Suassuna, diretor de jornalismo do Portal IG.

Apresentação: Marília Gabriela

Transmissão simultânea pela internet


O Roda Viva é apresentado às segundas a partir das 22h00.
Você pode assistir on-line acessando o site no horário do programa.
http://www2.tvcultura.com.br/rodaviva
 

'PELO AVESSO!' - UM EXPERIMENTO PÓS-DRAMÁTICO SOBRE 'OS AVESSOS'


  
De 27 de novembro até 12 de dezembro
Sábados às 19h e às 21h   -   Domingos às 18h e às 20h
Ingressos: R$ 7,00 (preço único)   -   Público limitado: 32 pessoas (por sessão)
Duração: 70 minutos
TEATRO DA USCS – Av. Goiás, 3.400 – B. Barcelona, São Caetano do Sul


PELO AVESSO!

A busca pelo ‘EU’ profundo e todos os outros ‘EUS’
Os integrantes da OFICINA TEATRAL DA USCS - 2010 estudaram a Arte Teatral e as questões mais profundas das relações humanas por meio de uma temática específica. O tema foi “AVESSOS”.
Na Direção da Pesquisa e do Espetáculo está Kleber di Lázzare, diretor teatral que há dezesseis dirige e coordena as atividades teatrais da USCS; Na Direção Musical e Preparação Vocal está Thiago Freire; A Direção de Movimento cabe a Lídia Zózima Sampaio. O tema destrinchado pelos Diretores e Atores na Oficina Teatral 2010,“AVESSOS”, é tão múltiplo quanto necessário. O avesso como elemento que nos afasta e nos une. Se aprofundar nessa questão fez com que nos associássemos a pensadores como Michel Foucault, Hobbes, assim como poetas como Fernando Pessoa, Oscar Wilde, Vinícius de Moraes, Caetano Veloso, entre outros.
O espetáculo PELO AVESSO! é uma colagem de fragmentos humanos e contradições. Onde atores interpretam, declamam e executam grande parte da trilha sonora ao vivo. São diversas histórias que emocionam e divertem sem nunca deixar de provocar. Homens viram mulheres e o inverso também acontece, para que dessa troca improvável cheguemos ao futuro almejado. Um futuro pleno de igualdade de direitos e diversidade de pensares. Assim é PELO AVESSO!
FICHA TÉCNICA:
Direção Geral e Dramaturgia: Kleber di Lázzare
Assistente de Direção e Preparação Corporal: Lígia Vasconcelos
Direção Musical e Preparação Vocal: Thiago Freire
Assistente de Direção Musical: Asnésio Bosnic
Direção de Movimento: Lídia Zózima
Produção Geral: Cia. Grite de Teatro/USCS e Oficina Teatral 2010
ELENCO:
Airo Munhoz, Juliana Sales, Ingrid Pompermayer, Regina Zapalá, Bianca Tozato, Caio Araújo, Caroline Varani, Diego Zapalá, Érica Lourenço, Guilherme Medeiros, Rafaela Lozano, Renato Alves Araújo, Rodrigo Barros, Rose Castilho, Thaís Brito, Vinícius Bezerra e Vítor Blasques.
ATORES CONVIDADOS:
Asnésio Bosnic, Rafael Sandoli e Marina Rodrigues.

domingo, 28 de novembro de 2010

Campus Sorocaba da UFSCar promove Seminário de Pesquisa da Área de Proteção Ambiental (APA) de Itupararanga



Evento é aberto a todos os interessados e acontece nos dias 1º e 2 de dezembro com inscrições gratuitas

O campus Sorocaba da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) sedia o II Seminário de Pesquisa da Área de Proteção Ambiental (APA) de Itupararanga nos dias 1º e 2 de dezembro. O evento tem por objetivo dar continuidade aos trabalhos iniciados com a realização do primeiro Seminário em 2009, divulgando as pesquisas que são realizadas na região, além de contribuir para a formação de um banco de dados que poderá subsidiar futuras ações de planejamento no território da APA.
A área de abrangência da APA corresponde à área da bacia hidrográfica que forma a represa de Itupararanga e engloba os municípios de Alumínio, Cotia, Ibiúna, Mairinque, Piedade, São Roque, Vargem Grande Paulista e Votorantim. "A água dessa represa abastece 70% do município de Sorocaba", diz o docente da UFSCar André Cordeiro Alves dos Santos, que faz parte do conselho gestor da APA. Segundo dados da Cetesb, a qualidade da água da represa ainda é boa, "mas é necessário que haja o cuidado com a ocupação das nascentes, com a agricultura nas margens da represa e a criação de novos condomínios", aponta o docente, destacando também que "o esgoto não tratado é o maior problema a ser resolvido".
Várias pesquisas sobre a qualidade da água da represa estão sendo feitas pelo "Grupo de Pesquisa de Microbiologia Ambiental", formado por docentes e alunos do campus Sorocaba da UFSCar. Entre as pesquisas em andamento, André destaca as que analisam o ciclo de carbono na represa, a cianobactéria tóxica e as bactérias de sedimento. Durante o evento será lançado o livro "Biodiversidade na APA de Itupararanga - Estado da arte, estado atual e perspectivas futuras", escrito por docentes e alunos do campus Sorocaba da UFSCar.

Concurso de fotos e envio de trabalhos
Até o dia 26 de novembro o Seminário recebe inscrições no concurso de fotos destinado a fotógrafos amadores e profissionais com o tema "Biodiversidade na APA de Itupararanga" e as inscrições de trabalhos científicos. Para participação no Seminário, as inscrições podem ser feitas até o início do evento. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas pelo site www.apaitupararanga2.blogspot.com, onde também está disponível a programação completa do evento. Mais informações pelo e-mail pesquisa.itupararanga@gmail.com.

Leão de Sete Cabeças, de Glauber Rocha, é restaurado e será exibido em sessão especial no Festival de Brasília


Sessão do filme será realizada às 17h de segunda-feira, 29/11, no Cine Brasília

Guardado durante 30 anos na Cineteca Nazionale di Roma, o filme Leão de Sete Cabeças, primeira produção de Glauber Rocha fora do Brasil, foi finalmente restaurado e será exibido em sessão especial no Festival de Brasília. A mostra acontece na próxima segunda-feira, 29/11, às 17hs, com entrada gratuita, no Cine Brasília. A restauração faz parte da segunda fase do projeto Coleção Glauber Rocha, que, na primeira, já restaurou os filmes Barravento, Terra em Transe, O Dragão da Maldade contra o Santo Guerreiro e A Idade da Terra.

A iniciativa é uma realização do Tempo Glauber e da filha do cineasta, Paloma Rocha, tem o aporte financeiro do Fundo de Cultura da Bahia, Governo da Bahia, e das Secretarias de Fazenda e Cultura do Estado da Bahia, e contou com o apoio da Associação Baiana de Cinema e Vídeo(ABCV), da Cinemateca Brasileira e da Cineteca Nazionale di Roma. O projeto também abarca as restaurações dos filmes Cabeças Cortadas, Claro, Câncer e História do Brasil.

A história da restauração de Leão...
O original do filme do filme foi repatriado da Itália parao Brasil em 2009, quando a parceria entre Tempo Glauber, Cinemateca Brasileira, ABCV e Cineteca Nazionale di Roma foi formalizada, com incentivo da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia. A restauração consistiu primeiramente no escaneamento no formato 4K e o restauro digital em 2K realizado pelos Estúdios Mega. 

O processo possibilitou a confecção de uma nova matriz, em alta definição, e um novo negativo em 35mm. A versão original do áudio em vários idiomas foi recuperada a partir de uma única cópia 35mm - que estava em avançado estado de deterioração - e de fitas Umatic. O restauro foi executado pela JLS Facilidades Sonoras.

O filme

O cenário de Leão de Sete Cabeças é o Congo Brazaville de 1969. Vivendo no exílio imposto pela ditadura militar brasileira, o cineasta baiano Glauber Rocha, principal nome do Cinema Novo, expõe neste filme o colonialismo europeu que domina a África a as tentativas do povo nativo em se libertar desse domínio. Assim Glauber continuou retratando as mazelas que tanto afligem os países pobres e fez disso marca da sua obra cinematográfica.

Quando Leão de Sete Cabeças estava sendo produzido, os críticos acreditavam que Glauber deveria filmar apenas paisagens em seu próprio país. Mas, quando o filme foi concluído, viram que o argumento se mostrou falho. O  longa demonstrou perfeita integração com a evolução estética glauberiana, embasada na linguagem visual e cênica de uma espécie de “pan-terceiromundismo”, e apresentou personagens arquétipos, todos com algum tipo de poder.

De um lado, os pilares do imperialismo - invasores europeus e norte-americanos, além da Igreja e seu eterno cortejo ao poder. A elite local era um fantoche denominado e coroado presidente. Do outro, os revolucionários locais, contraditórios em suas lutas e indecisos entre a centralização do movimento e a manutenção do sentimento tribal, mesmo em busca de um objetivo em comum: a liberdade perante o colonialismo estrangeiro.

Mais que denunciar as injustiças existentes no continente africano, Glauber apresentou dados para que a consolidassem como estados soberanos.  Para a professora de Cinema e ensaísta  da UFRJ, Ivana Bentes, “o que Glauber parece dizer é que nenhuma explicação histórica, sociológica, marxista ou capitalista, pode dar conta da complexidade e tragédia da experiência da pobreza”, constata.

Glauber imaginou o filme como uma epopéia africana, pensando-a como ponto de vista do homem do Terceiro Mundo, se opondo aos filmes comerciais que tratavam de safáris, ao modelo de concepção dos brancos em relação àquele continente. Para ele, trata-se de uma teoria sobre a possibilidade de um cinema político, feito na África justamente porque o cineasta acreditava ser o lugar que possuía os mesmos problemas do Brasil.

Ele complementa esse pensamento declarando sua aversão à leitura sociológica da miséria feita pela esquerda, visto no manifesto Estetyka do Sonho, escrito em duas versões(1966 e 1971), e que bebe nas fontes dos seus filmes realizados nesse período. Neste texto ele relata sua impotência e perplexidade perante as ditaduras militares, a fragilidade de intelectuais, artistas e militantes em combatê-las, além da acomodação popular que resulta nessa tragédia. 

Glauber acredita que para superá-la é preciso seguir pelo caminho dos sonhos do cinema, provocando distúrbios nos códigos (sociais, políticos, estéticos, de comportamento), algo que já vinha sendo explorado em sua obra. Para alguns autores, Leão de Sete Cabeças pode ser visto como o elo perdido entre Terra em Transe e A Idade da Terra, a chave do enigma que liga a primeira parte da carreira de Glauber (os anos 60) com a segunda (de 1970 a 1980).

Preservação da obra de Glauber Rocha

Um dos objetivos da restauração de Leão de Sete Cabeças é dar continuidade à disseminação da obra de Glauber Rocha em alta qualidade, já que há grande aumento na demanda pelos filmes do cineasta, tanto nas escolas de cinema, quanto nos festivais nacionais e internacionais, e, por fim, para uso de trechos em documentários. 

Todos querem assistir à obra de Glauber, em bom ou mal estado, mas isso tem obrigado os detentores das cópias não restauradas a fornecer material de má qualidade, incompleto e deteriorado, o que causa constrangimento e não divulga a sua obra como deveria. A partir de 2003, com o advento da Coleção Glauber Rocha, esta realidade começou a mudar.

As cópias restauradas em formato de cinema digital, DVD e película de 35mm permitem que os filmes sejam distribuídos para mostras nacionais e internacionais, além da exibição em salas de cinema comerciais, universidades e outros espaços onde a obra de Glauber tem um alcance bastante significativo. O filme Terra em Transe, por exemplo, após a restauração, atingiu a marca de 10 mil espectadores nas salas de cinema, em apenas duas semanas em cartaz.

Extras do DVD

Os DVD’s contêm documentários especialmente realizados sobre cada filme, dirigidos por Paloma Rocha e Joel Pizzini. Neles estão reunidas entrevistas com elenco e equipe, cenas de arquivo, entrevistas inéditas com Glauber Rocha, o trailer original, artigos e reportagens, análise crítica feita por especialistas, versões de roteiros, roteiros, cartazes, trilha sonora, desenhos e story-board, tudo o que compreende o processo de criação e de produção intelectual do artista.

O patrimônio histórico e cinematográfico de Glauber reunido e vivo

O próprio Glauber, em 1980, escreveu uma carta preocupado com a recuperação dos negativos originais destes filmes. O documento foi editado e utilizado na apresentação do projeto, que ainda relata a necessidade da atenção e dos cuidados urgentes com os negativos originais para que seu processo de deterioração, já avançado, não acabe por prejudicar de modo irreparável a história do cinema brasileiro, no caso da perda definitiva de algum filme.

Glauber revolucionou a linguagem do cinema contemporâneo. Sua expressão artística influenciou movimentos políticos e culturais dos anos 60 como "Maio de 68" na França e o "Tropicalismo" no Brasil, entre outros, deixando um precioso legado de idéias e criações, impressas em filmes, vídeos, livros e uma extensa produção que ainda hoje permanece inédita – poemas, desenhos, peças de teatro, romances, roteiros de filmes não realizados.

E é todo esse conteúdo inestimável que precisa continuar vivo, e com a restauração, poderá ser conhecido pelas gerações futuras. Como disse o Secretário de Cultura da Bahia Márcio Meirelles: “Glauber continua vivo, um pensamento vivo, em ebulição. Um pensamento inesgotável, perturbador, ainda pouco compreendido no Brasil e no mundo.”

Ficha técnica

O Leão de Sete Cabeças
Direção: Glauber Rocha
Elenco: Rada Rassimov, Jean-Pierre Léaud, Giulio Brogi, Hugo Carvana, Gabrielle Tinti, René Koldhoffer, Baiack, Miguel Samba, André Segolo, Aldo Bixio, povo e dançarinos do Congo
Dedicatória: a Paulo Emilio Sales Gomes
Companhia produtora: Polifilm
Produtores: Gianni Barcelloni e Claude Antoine
Diretor de produção: Giancarlo Santi
Gerente de produção: Marco Ferreri
Assistente de direção: André Gouveia
Argumentistas e roteiristas: Gianni Amico e Glauber Rocha
Diretor de fotografia: Guido Cosulich
Som direto: José Antônio Ventura
Montadores: Eduardo Escorel e Glauber Rocha
Letreiros: Francesco Altan
Música: Folclore africano, Baden Powell e uma versão do Hino Nacional francês cantada por Clementina de Jesus
Locações: Brazzaville (Congo)

Equipe de restauro
Direção do projeto: Paloma Rocha
Curadoria e pesquisa: Joel Pizzini
Direção de produção: Márcia Cardim
Direção de fotografia: Luis Abramo
Assistente de direção: Sara Rocha
Restauração de imagem Mega e
Restauração de Imagem Mega e Som: Cinemateca Brasileira, Estúdios Mega e JLS Facilidades Sonoras
Apoio Financeiro: Fundo de Cultura da Bahia, Governo da Bahia e Secretaria Estadual de Fazenda e Cultura
Realização: Paloma Cinematográfica, Cardim Projetos e Soluções Integradas e Associação Baiana de Cinema e Vídeo - ABCV
Apoio: Associação dos Amigos do Tempo Glauber e Comunika Press 

Sugestão de entrevistas: Paloma Rocha (diretora da Tempo Glauber) - Márcio Meirelles (Secretário de Cultura do Estado da Bahia) 

Serviço
Exibição de “Leão de Sete Cabeças”, filme restaurado de Glauber Rocha
em Sessão Especial no Festival de Cinema de Brasília 2010
Onde: Cine Brasília - Endereço: EQS 106/107, em Brasília-DF
Quando: 29/11/2010
Horário: 17hs
Acesso livre

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Ponto de Cultura Abenaf realiza 1º Festival de Cinema de Carapicuíba

O Ponto de Cultura Abenaf (Associação Beneficente de Amparo à Família) realiza o 1º Festival de Cinema de Carapicuíba no próximo dia 11 de dezembro, a partir das 18h30, na ETEC/FATEC Carapicuíba. Com a iniciativa, a Abenaf passa a ingressar no Roteiro de Festivais de Filmes existentes no Brasil. A ETEC/FATEC fica na Rua Francisco Pignatari 650 – Vila Gustavo Correia. Na primeira edição da mostra, serão exibidas produções realizadas por alunos do Ponto de Cultura, que tiveram aulas de roteiro, produção e edição de vídeo nos últimos meses. Serão filmes de curta-metragem (filme de duração inferior a trinta minutos que mostram a cidade de Carapicuíba. Além da exibição, serão apresentadas encenações teatrais pelos alunos do curso de artes cênicas da entidade, além de uma demonstração do curso de introdução à locução. Mais informações sobre o 1º Festival podem ser obtidas pelo telefone: 2876-8392.

Ampliação


Em 2010, o Ponto de Cultura Abenaf atendeu quase 200 pessoas em todas as suas oficinas culturais e para o próximo ano será ampliado o número de vagas. Para realizar suas atividades, o Ponto de Cultura recebeu apoio do programa Escola da Família da EE Toufic Joulian e também da EE Luiz Pereira Sobrinho. O Ponto de Cultura é uma iniciativa realizada em conjunto com o governo do Estado de São Paulo por meio da Secretaria de Estado da Cultura em parceria com o Ministério da Cultura.

 

terça-feira, 23 de novembro de 2010

II Encontro de Palhaças de Brasília

 

Na sua segunda edição, o evento amplia e traz atrações internacionais, além de palhaças locais e de sete estados brasileiros

 

Espelho, batom,  maquiagem, sapato grande e nariz vermelho todo palhaço tem, mas e aquele jeito dengoso de arrancar gargalhada? É graça de mulher, que sabe melhor do que ninguém como fazer as pessoas rirem.

 

Nascidas sob o signo do novo circo, as palhaças não estão para brincadeira quando o assunto é conquistar o espaço nesse lugar historicamente demarcado pela atuação masculina. O picadeiro. Agora, elas querem destacar a importância da mulher brasileira na palhaçaria nacional. Em número cada vez maior, as palhaças perfazem o mesmo caminho sócio-político da emancipação feminina. Sem queimar soutiens, mas fazendo muita graça. É o que o II ENCONTRO DE PALHAÇAS DE BRASÍLIA, que acontece de 9 a 19 de dezembro, pretende mostrar.

 

O evento idealizado por Manuela Castelo Branco (a palhaça Matusquella) já se configura como uma importante ferramenta de discussão nacional deste espaço feminino. A primeira edição ocorreu em 2008 e conseguiu um número expressivo de participantes. Agora, o evento ampliou. Dezenas de cômicas do Distrito Federal,  de setes estados do Brasil e duas vindas de fora, vão se reunir num encontro recheado de muita graça, mas também de uma série de discussões. Chegam para fazer rir e pensar. O destaque fica para as palhaças brasileiras Margarida, com cerca de 20 de palhaçaria, e da palhaça Mafalda Mafalda, expoente paulista. Fora a participação da atriz e palhaça francesa Jeannick Dupont, que interpreta a palhaça Hugette Espoir e  a argentina Lila Monti, no papel da palhaça Una.

 

A programação do festival inclui o I Fórum de Mulheres e Palhaças, lançamento de livro sobre o tema, oficinas, espetáculos, cabarés, invasões, salão de artes visuais voltado à palhaçaria feminina e uma feira com produtos feitos por mulheres – a Brechota das Palhaças. Vai ser mesmo uma grande celebração, pois o festival acontece justamente na semana do Dia do Palhaço, comemorado em 10 de dezembro. Detalhe importante: toda a programação será gratuita.

“Há alguns anos Brasília vem se projetando não só como um grande celeiro musical, mas como celeiro de excelentes palhaços e palhaças. A arte clown vem ganhando importância, público e tem gerado visibilidade aos artistas de Brasília. Tanto que hoje a cidade é sede de importantes encontros de teatro, bem como festivais específicos de circo como o Fest Clown, promovido pelo SESC e o Festival Cena Contemporânea. Nestes festivais, palhaços e palhaças levam plateias imensas ao teatro”, afirma Manuela.

A ideia de um festival feito por e  para palhaças ainda é recente no Brasil. “No país há somente duas iniciativas que trabalham com esse recorte de gênero, o festival Esse Monte de Mulher Palhaça (RJ) e o Encontro de Palhaças de Brasília (DF). Por razões estratégicas, ambos festivais trabalham em perfeita sintonia, se revezando anualmente, e de uma forma politicamente organizada”, informa a curadora.

Manuela Castelo Branco explica ainda que no meio teatral-circense, as palhaças se unem às atualizações trazidas tanto pelo circo contemporâneo - ou novo circo, e pelo teatro contemporâneo. “Nesse sentido, a técnica de palhaças é híbrida. E as palhaças acreditam que há ainda toda uma comunidade feminina a ser desenvolvida e explorada pelas palhaças, seja na concepção de novas gags ou de uma dramaturgia própria das mulheres”.

Brasília, nesse contexto, tem uma característica muito peculiar, pois a cidade abriga muitas palhaças. É o caso da palhaça Matusquella (Manuela Castelo Branco) – sempre presente na Feira do livro com a Anja da Leitura sobre suas pernas-de-pau, a palhaça Fronha – que vem desenvolvendo um trabalho bastante diferenciado junto a crianças hospitalizadas, e a palhaça Canela – que mescla palhaçada e teatro de bonecos e é a viúva de um grande palhaço local, que foi o Mestre Zezito.

Cada uma delas em conjunto vão criando formas híbridas e inovadoras de teatro e circo. E vão colaborando com o processo histórico de emancipação feminina, promovendo a visibilidade dessas profissionais e do universo da mulher.

O evento traz a produção destas e de outras palhaças e possibilita que todos assistam aos espetáculos com acesso gratuito ao público. “Queremos reconhecer e valorizar nossas artistas locais”, ressalta Manuela. E acrescenta: “Por meio do encontro poderemos traçar paralelos, promover o aprofundamento de conceitos práticas e ideias que vão contribuir para o desenvolvimento pleno e democrático da arte da palhaçaria em Brasília”.

Programação  - O II ENCONTRO DE PALHAÇAS tem atividades voltadas a artistas, gestores culturais, representantes do poder público e do Terceiro Setor, sobretudo no tocante a políticas públicas para as mulheres e políticas culturais.

Os espetáculos, cabarés e exposição serão abertos ao público em geral. “Muitas pessoas têm a ideia limitada de que espetáculo de palhaços é só para criança ou de que palhaço é sempre um homem, e uma das características que se tem notado no trabalho das palhaças de Brasília é o direcionamento de seus trabalhos em espetáculos solos. Desta forma, a mostra de espetáculos foi batizada de Solos de Palhaças e está voltada para o público adulto e infantil. Depende da montagem”, esclarece a idealizadora do evento. “A ideia é darmos esse direcionamento ao público. Assim, haverá duas sessões, a matinê – para adultos e crianças e a noturna – para o público adulto”. Já as atividades de Cabarés, que serão mistos mais livres e noturnos, os espetáculos estão focados no público adulto. Neles serão apresentados números curtos, já dentro de uma visão estética da arte do clown - mais híbrida com o teatro.

De acordo com a Nossa Produtora, promotora do II ENCONTRO DE PALHAÇAS, a expectativa é de aproximadamente 500 pessoas por sessão nos espetáculos e Cabarés, o que pode chegar a 8 mil pessoas durante os 10 dias. “Considerando a exposição e as oficinas, queremos chegar a marca de 11 mil pessoas durante o encontro”, informa Tatiana Carvalhedo, produtora do evento.

A Nossa Produtora tem voltado seus trabalhos para a realização de projetos culturais que busquem o protagonismo feminino e para projetos de grande relevância sociocultural. É o caso do Encontro de Palhaças, o festival Música EnCena, uma mostra de montagens operísticas que já indo para a terceira edição, o monólogo Da Paz, entre outros.

O II ENCONTRO DE PALHAÇAS conta com patrocínio do Fundo de Apoio à Cultura (FAC) e da Petrobrás.

 

Conheça as atrações:

 

PALHAÇA MATUSQUELLA

 

Interpretada por Manuela Castelo Branco, idealizadora do Encontro de Palhaças. É também a Caipira, parceira da Caipora, no projeto Cheias de Moda, que leva a cultura da música caipira com moda de viola a várias escolas públicas da cidade.

Concluiu o nível superior na Universidade de Brasília com ocurso de Artes Cênicas (Licenciatura). Fez inúmeros cursos de especialização em diversas áreas complementares ou diretamente ligadas às artes cênicas como: Pirotecnia Para Eventos e Teatros (Fogos In-Door), Técnicas Corporais Impressionistas (Butoh), Dança Contemporânea (Contato Improvisação), Escrever Para a Cena, Técnica de Clown, entre outros, podendo trocar conhecimentos com profissionais de relevância como Maura Baiocchi, Alcione Araújo, Giovanne Aguiar, Elisa Lucinda, o núcleo de clowns LUME/UNICAMP, etc.

            Trabalhou com diversos diretores renomados como: Hugo Rodas (MIRAGENS), Gê Martu (O CORPO HUMANO), Humberto Pedrancini (A RUA É UM RIO BRILHANTE), ENCANTADORES DE RUAS (coord. José Regino), Fernando Villar (TEORIA DO ESPAÇO ACÚSTICO), Bárbara Tavares (PRESÈPIO DE HILARIDADES HUMANAS), entre outros.

Destacam-se em sua produção literárias peças de teatro, como MEU CERRADO, CERRADINHO, escrita especialmente para compor com os projetos de Educação Ambiental do ZÔO BRASÍLIA, o livro coletivo de poesias ESPELHOS DA PALAVRA de escritores latino-americanos, versão bilingue e o livro de poesias concretas M. ulti FôRm (as), apoiado pelo FAC e recentemente publicado.

 

PALHAÇA HUGETTE ESPOIR

 

Depois de trabalhar como artista visual há dez anos, Jeannick Dupont começa a se formar em palhaçadas e artes burlescas em 1996. (Entre seus mestres estão Lory Leshin, Gautré Alain, Pina Blankvoort, Jayat Michel, Paga Cedric, Serge Poncelet, Michel Dallaire ...).

            Em 2002, ela criou a companhia La Cerise dans le Gâteau ( A Cereja do Bolo) em Rennes, cuja pesquisa está focada principalmente na palhaçada e na  improvisação.

            Desde lá, Huguette Espoir têm trabalhado muito no sentido de trocas com outros palhaços e palhaças. Após trabalhar vários anos como um palhaço / cantor no sul de Rennes Hospital, ela se juntou em 2006, o Hôpiclowns du Rire Médecin  em Nantes, que atende crianças hospitalizadas.

 

PALHAÇA POVNIA

 

            Interpretada pela atriz argentina Lila Monti, formada na técnica de Clown com Guillermo Angelelli, Cristina Martí, Gabriel Chamé Buendía, Raquel Sokolowicz, Jesús Jara/Lluna Albert, Mauricio Fabbri, Hilary Chaplain, em palhaçada com Gabriel Chamé Buendía, em Teatro con Javier Daulte, Alejandro Maci, Felisa Yeni, Ciro Zorzoli, em Teatro Físico com Guillermo Angelelli, Jos Houben e Thomas Pratkki, em Improvisação com Marcelo Savignone, em Máscara Balinesa com Arianne Mnouchkine, Deby Low e Carolina Pechenny, em Canto com Tessa Neuman e Sandra Baylac.

Como clown, fez parte do grupo Los Papota Payasos Grup (2003-2007) e de Clowns No Perecederos (dirigido por Cristina Martí, desde 2000).

 

AS MARIAS DA GRAÇA

 

Em 1991 As Marias da Graça criaram um grupo de mulheres palhaças, algo totalmente novo no país. A primeira formação do grupo era muito interessante porque cada palhaça tinha bem definida características femininas específicas (a soldada, a noiva, a dona de casa, a enfermeira, a romântica, etc). Achamos que juntas, poderíamos criar um conjunto diversificado de todas estas personalidades. A diferença de cada palhaça trouxe a riqueza para o grupo.

O nome do grupo As Marias da Graça é uma homenagem a este conjunto de mulheres e a todas as mulheres do mundo. Como há Marias haverá sempre Marias no mundo: do Socorro, da Ajuda, do Céu, Aparecidas, Madalenas, entre muitas outras. Nós decidimos pela Graça que também há em toda Maria.

O grupo optou por uma atuação popular e estar presente em diversos pontos da cidade. Os espetáculos na rua e nas comunidades são sempre gratuitos e nos teatros a preços populares. Acreditam que todos devam ter acesso à cultura.

            São mulheres que trabalham o riso e escolheram a arte da/o palhaça/o para expressar o cotidiano feminino. Interferem assim, na visão tradicional deste universo artístico.

 

CIA. HUMATRIZ TEATRO

 

A companhia desenvolve há doze anos uma prática de investigação que busca a potencialidade do ator na relação com o público.

O princípio dessa prática é a linguagem do clown, seja em treinamento individual ou através de cursos e experimentações com parceiros e alunos. O trabalho da Humatriz tem se construído através da necessidade de trocas e compartilhamento com artistas e pessoas de áreas distintas, como a dança, a ioga, as artes plásticas, a música.

A investigação do clown para a atriz Adelvane Néia teve início em 1989, com Luiz Otávio Burnier e Carlos Simioni - Lume Teatro. Em seguida, na montagem “Mixórdia em Marcha Ré Menor”, dirigida por Ricardo Puccetti. Em 1997, estreou seu espetáculo solo “a-ma-la”, com direção de Naomi Silman - Lume Teatro.

Do ‘confronto’ da expressividade corpórea do clown com a dança, trazida ao grupo pelo bailarino Cid França, e a composição musical de Edu Pedrasse, nasceram os espetáculos “Inédito e Desfavorável” direção de Naomi Silman em 2008 e o infantil “O Soldado e a Florista” direção Andrea Macera em 2004.

A Humatriz Teatro tem sua sede em Barão Geraldo – Campinas/SP, e faz parte do quadro de núcleos da Cooperativa Paulista de Teatro.

 

CIA ANIMÉ

 

A Cia Animé, formada por Enne Marx e Nara Menezes, existe desde 2007, fruto do interesse comum em aprofundar e aperfeiçoar a linguagem cômica e realizar produções teatrais e musicais. Sua primeira produção foi “Aviso Prévio” (Direção de Adelvane Neia), número apresentado no Festival de Comicidade Feminina “Esse Monte de Mulher Palhaça”, no Rio de Janeiro. A Cia. está em processo de construção do seu primeiro espetáculo: “Cabaré Vaudeville”, projeto aprovado pelo Funcultura – lei de incentivo à cultura do Estado de PE e tem estréia prevista para Abril/2011.

         Para o Festival de Palhaças de Brasília, a Cia Animé apresenta o Pocket show “As Levianas”. Percebendo a carência de uma banda essencialmente de palhaças em Recife, e no Brasil, surgiu o interesse de produzir e fomentar um novo cenário onde a mulher vai além de ser "musa inspiradora" para ser agente e reafirmar o seu papel na música. Trata-se de um projeto inédito que traz a força feminina, subvertendo a idéia de que a mulher é o sexo frágil, porém sem negar a existência e essência masculinas em nossas    vidas.

 

CIA. INSTRUMENTO DE VER

 

A Cia. Instrumento de Ver é um núcleo de produção cultural, arte-educação, pesquisa e criação artística. Surgiu em 2002 e, desde então, já foi responsável por diversos eventos, oficinas e espetáculos circenses, atuando de forma ativa no cenário cultural da cidade. De 2005 a 2007 integrou a coordenação do Movimento Rua do Circo que tinha como nó o projeto social Rua do Circo que beneficiava jovens moradores de rua. Atualmente, está investindo na qualificação dos seus produtos culturais e no desenvolvimento dos projetos: Circo-Lá (Circulação de Espetáculo de Acrobacias Aéreas ao Ar Livre), Identidade do Circo Candango (Pesquisa e elaboração de um livro sobre o tema), Renovação do Repertório (Criação de novos números dirigidos por Raquel Karro e La Mínima), Oficinas de Aprimoramento (Oficinas voltadas para artistas de Brasília com o grupo La Mínima) e Noite de Giz (espetáculo de números aéreos). Está em temporada com seu novo espetáculo, Meu Chapéu é o Céu.

 

MAIZENA MAGNÓLIA

 

A palhaça Maizena Magnólia é interpretada pela atriz Clara Rosa, também escritora, mestre em Educação e bacharel em Interpretação Teatral pela Universidade de Brasília. Possui Licenciatura Plena em Educação Artística pela Faculdade de Artes Dulcina de Moraes. Realizou pesquisas nas áreas de: manifestações dramáticas populares e cultura popular brasileira; linguagens teatrais; ensino de teatro; e sobre o riso.

 

MARIANA BAETA

 

Formada em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília em 2003, Mariana Baeta trabalha na área de cultura em Brasília há mais de 15 anos como atriz, ritmista e produtora cultural.

Como atriz e produtora cultural participou de diversas montagens teatrais, produziu shows musicais e eventos culturais na cidade de Brasília. Foi gestora do Teatro SESC Paulo Autran, em Taguatinga/ DF, onde produziu festivais, mostras e circulações na área de cultura.

Foi atriz e ritmista da Companhia Teatral Cia da Ilusão, o Hierofante Cia de Teatro e do grupo Calango Alado de percussão popular. Compôs, executou e dirigiu a trilha sonora do espetáculo Um dia de festa, orientado pelos professores da UnB Jesus Vivas e Marcus Mota.

Atualmente participa do grupo As Caixeiras – Cia de Bonecas onde pesquisa o teatro de animação e a técnica do lambe-lambe. Participa também do Núcleo de Pesquisa Teatral Umbigo de Eros, grupo de pesquisa em mitologia pessoal no teatro, orientado pela atriz, diretora e arte-terapeuta Anasha Vanessa. 

 

CIA B DE TEATRO

 

À frente da companhia está Ludmilla Valejo, formada em Artes Cênicas pela Universidade de Brasília. É atriz e co- autora do espetáculo solo Adelaide, a secretária tendo participado também como atriz e criadora da montagem premiada Páginas Amarelas, da Cia B de Teatro, ganhador de prêmios no festival Riocenacontemporânea e prêmio SESC do Teatro Candango. Em 2004 foi atriz na peça Seis personagens a procura de um autor sob a direção de Hugo Rodas, ganhador de 6 prêmios no Festival de Teatro de Blumenau,  além da participação na mostra Fringe do Festival de teatro de Curitiba.

Participou de diversos festivais e mostras de teatro, das quais pode-se destacar:  Festival de Teatro de Santo André em Portugal, Cenacontemporânea, Riocenacontemporânea, Prêmio SESC do Teatro Candango, Festluso em Teresina – PI e Galpão Convida em Belo Horizonte – MG.

 

PALHAÇA MAFALDA MAFALDA

 

Interpretada por Andréa Macera, atriz desde 1986, palhaça desde 1997 e diretora desde 1999. Desenvolveu grande parte de seus estudos junto ao Grupo Lume-Núcleo Interdisciplinar de Pesquisas Teatrais da UNICAMP e com Sue Morrison- mestre clown canadense.

Com o Barracão Teatro e Campinas, desde 1999 mantém uma parceria artística no estudo da máscara e do palhaço, atuando nos espetáculos “A Julieta e o Romeu” e “Encruzilhados”. Nos últimos 10 anos tem voltado a sua pesquisa para elaboração artística a partir do improviso e da relação com o público e em 2005 tornou-se parceira do grupo “As Meninas do Conto”, cujo trabalho resultou no espetáculo infantil “Tudo por um fio”, com direção de Simone Grande e produção do Barracão Teatro, onde desenvolve ainda mais a linguagem da máscara e do teatro popular de rua.

 

PALHAÇA SPIRULINA

 

Interpretada por Silvia Leblon, Silvia Leblon, atriz, palhaça e diretora, com experiência em teatro, televisão, cinema e publicidade, iniciou o estudo do clown no LUME – Núcleo de Pesquisas Teatrais da Unicamp, com Carlos Simioni e Ricardo Puccetti em 1995; estudou com Philippe Gaulier, Ângela de Castro, Sue Morrison, fez aulas com Cristiane Paoli Quito, Thierry Tremouroux, Leo Bassi, Leris Colombaioni e outros. Coordenou desde 1999 o projeto Tem Palhaço no Parque, organizando Saídas de Palhaços e oficinas, no Parque da Água Branca, em São Paulo, para o qual contou com o patrocínio do DFC – Secretaria de Estado da Cultura em 99, 2000 e 2003.

Ajudou a fundar em 2000 o Galpão Raso da Catarina, ao lado de Alessandro Azevedo (o Charles) e Rhena de Faria (a Blanche), com quem desenvolveu a dupla Blanche&Spirulina. Dirigiu A Bruxa Zelda e os 80 Docinhos em 1995, já utilizando a linguagem do clown, em espetáculo infantil baseado no livro de Eva Furnari; e dirigiu Devidas Pílulas – um Show de Palhaços, com os alunos da ECA-USP em 2001. Seu mais recente trabalho como atriz foi no filme de longa metragem Narradores de Javé, com direção de Eliane Caffé. Os trabalhos encenados na linguagem do clown são:

            - Solo Spirulina em Spathodea, direção de Naomi Silman do Lume (cena premiada em 2006 no Feste100 de Mogi das Cruzes);

            - Blanche&Spirulina em Casamento em Branco (em dupla com Rhena de Faria);

            - Para Todas as Quedas (menção honrosa no Festival Curta Teatro de Sorocaba em 2002), e Final do Terceiro Ato, Concepção de Rhena de Faria e direção da dupla.

 

PALHAÇA CANELA

 

Interpretada por Rosineide de Nazaré Ferreira Amorim, artesã, artista circense: mágica, palhaça, teatro de bonecos, ventríloquia, brinquedos populares, artista que sempre se dedica a ensinar o que sabe para todas as idades.

Representa o grupo, Circo Boneco e Riso e já realizou várias oficinas na rede particular e pública, inclusive promovidas pela secretaria de cultura, na qual destaco a de brinquedos populares e fantoches de espuma.

            Destaco também apresentações teatrais de circo aberto com perna-de-pau, brinquedos populares e teatro de bonecos e outros.

            Outras entidades contaram com os nossos serviços entre elas o SESC, SESI, CUT, SINPRO, ZOOLÓGICO, para  apresentações artísticas e oficinas. E continua com suas atividades em Águas lindas e em todo DF e entorno.

 

Fonte: Atelier – Comunicação Personalizada

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