segunda-feira, 29 de setembro de 2008

João Carlos Martins e Orquestra Bachiana Filarmônica se apresentam na Sala São Paulo em defesa da Amazônia

Maestro traz para a cidade o concerto apresentado no Carnegie Hall, em maio, para promover o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA). No repertório, a estréia nacional da Suíte Brasileira, do maestro Mateus Araújo, e a execução da Suíte Orquestral nº 3, de J.S. Bach. Martins ainda se apresenta como solista, interpretando peças de Mozart e Piazzola


“Apesar de muita adversidade, mantendo a música viva” – foi assim que o jornal The New York Times registrou em suas páginas o mais recente concerto do maestro João Carlos Martins e da Orquestra Bachiana Filarmônica no Carnegie Hall, em maio deste ano. Martins subiu ao palco do templo da música erudita para promover o Programa de Áreas Protegidas da Amazônia, o ARPA, o mais consistente projeto de proteção da Amazônia, liderado pelo Ministério do Meio Ambiente e por importantes Organizações do Terceiro Setor. Para continuar o trabalho de conscientização do público, o maestro traz o aclamado concerto para a Sala São Paulo, no dia 9 de outubro. No repertório, a estréia nacional da Suíte Brasileira, composta por Mateus A raújo especialmente para a apresentação do Carnegie Hall, além da execução da Suíte Orquestral nº3, de Johann Sebastian Bach.

Na segunda parte do concerto, Martins se apresenta ao piano – tradição que faz questão de perpetuar em seus concertos como regente, apesar de seus problemas físicos. Como solista ao lado de sua orquestra, Martins vai interpretar o 2º movimento dos Concertos nº 27 e 23 de Mozart e Adiós Nonino, de Astor Piazzolla.


Encontro entre passado e futuro

A escolha da Suíte Orquestral nº 3 (1720) para o repertório, um trabalho de Bach que sintetiza a história da música até aquele momento, contrasta com a obra de Mateus Araújo, maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro da Paz, de Belém, que explorou na Suíte Brasileira técnicas de composição da música erudita contemporânea aliadas a ritmos brasileiros. “A Suíte é uma peça de quatro movimentos combinando técnicas orquestrais tradicionais com a riqueza da música popular brasileira e suas linhas melódicas”, explica o maestro Mateus Araújo.


Um concerto de celebração

A apresentação na Sala São Paulo no dia 9 de outubro também marca os dois anos de existência da Fundação Bachiana. Sonho de um grupo de músicos e empresários brasileiros, entre eles o próprio João Carlos Martins, a Fundação Bachiana se constitui hoje na única iniciativa de sucesso de uma orquestra privada no Brasil. Só em 2007, foram 110 apresentações para mais de 200 mil pessoas, entre turnês, temporadas e concertos ao ar livre. O trabalho é feito não só pela Bachiana Filarmônica, mas também pela Orquestra Bachiana Jovem, formada por 35 novos talentos da música erudita brasileira.

Também chamada de Bachianinha, a Orquestra Jovem desenvolve trabalhos de democratização da música erudita. Neste ano, a Orquestra desenvolveu o projeto Toca Atitude, uma parceria com o Instituto Votorantim para levar música erudita aos alunos dos CEUs (Centro de Educação Integrada) de São Paulo, viajou o interior do Brasil em concertos gratuitos para a população, além de ter realizado apresentações em instituições como a Fundação Casa, ex-Febem. “A orquestra tem de exercer um grande carisma perante o público. E as orquestras da Fundação Bachiana exercem este carisma”, diz o maestro João Carlos Martins. “Elas realmente conseguem demonstrar que fazem música, antes de tudo, com ideal e com amor, o que provoca nas pessoas, mesmo naquelas que não possuem erudição musical, a possibilidade de experimentar a transformação que a música pode proporcionar”.

Serviço:

Orquestra Bachiana Filarmônica em defesa da Amazônia

Regente e solista: João Carlos Martins

Sala São Paulo, 9 de outubro, quinta-feira, 21 horas

Praça Júlio Prestes, s/n

Programa:

Johann Sebastian Bach - Suíte Orquestral # 3

Mateus Araújo - Suíte Brasileira

Intervalo

Mozart – Segundo movimento dos Concertos # 23 K 488 e # 27, K 495

Astor Piazzola – Adiós Nonino

Ingressos:

De R$ 50 a 90 reais. Estudantes e idosos pagam meia. À venda na bilheteria da Sala São Paulo (3223-3966), ou pelo Ingresso Rápido (4003-1212/ www.ingressorapido.com.br)

Um comentário:

Mr. Bacharach disse...

Assisti pela promeira vez a orquestra tocando o Hino Nacional antes do jogo Santos x Santo Andre e fiquei maravilhado, nunca ouviu o nosso Hino tocado com um arranjo tão bonito, parabéns a todos. como faço para ouvir novamante este arranjo do Hino?
Hugo Marques lins Filho
hugomlins@bol.com.br

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